quarta-feira, 30 de novembro de 2011

IMA participa do Programa Nossa Luta

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Pelotas possui um programa de TV semanal, denominado Nossa Luta. No último dia 22, o IMA teve participação no programa, através do coordenador do Ponto de Cultura Memórias em Movimento, Lauro Borges.

A participação contextualizou o "Fórum das Lutas Sociais", construido após o movimento 15-O em Pelotas. O IMA é um dos articuladores do movimento na cidade.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

IMA sediará hoje mais uma reunião do fórum de lutas sociais

Dando continuidade aos debates frutificados do movimento 15-O em Pelotas, hoje o debate colocará em pauta o aumenta da tarifa dos ônibus e as programações dos 200 anos de Pelotas

Hoje, a partir das 18 h, o IMA terá em sua sede mais uma reunião do fórum de lutas sociais de Pelotas, fórum surgido a partir das mobiizações mundiais contra a crise global no dia 15 de outubro e que busca aglutinar os lutadores da cidade.

Participe ao lado de movimentos sociais de nossa cidade e região e mais avanços de pautas da nossa realidade!


terça-feira, 22 de novembro de 2011

A SOLIDÁRIA RESISTÊNCIA DOS CUBANOS

Na Bibliotheca Pública Pelotense, que esteve comemorando 136 anos,
escritor Fernando Morais participou de “Conversa sobre livros”

Ele desembarca em Havana com aparelho de tevê para a namorada. Ainda no aeroporto é preso pela polícia cubana. Como motivo, o transporte de quatro quilos de explosivos dentro da tevê. Noutro episódio, visitante também é preso na chegada à ilha. Embora calçasse 41 estava usando sapato 44. Como causa à prisão, o explosivo plástico que estava acondicionado no bico do calçado. As prisões, evitando ações terroristas, foram possíveis devido a informações da “Rede Vespa” – agentes cubanos infiltrados em grupos de exilados de extrema direita, estabelecidos na Flórida. Fatos relatados pelo jornalista e escritor Fernando Morais que, em novembro, participou do projeto “Conversa sobre livros”. No salão nobre da Bibliotheca Pública Pelotense (BPP) – iniciativa em conjunto com o Instituto Mário Alves (IMA) -, durante quase duas horas, o autor de sucessos como “A Ilha”, “Olga”, “Chatô – o Rei do Brasil” e “O Mago”, falou sobre Cuba, imprensa, as novas tecnologias, livros adaptados para cinema, e autografou “Os últimos soldados da Guerra Fria” (416 páginas), publicação da Cia. das Letras.

DIÁSPORA AGRESSIVA – O autor contou sobre a origem do livro. Em 1998 estava num táxi em São Paulo, em meio a extenso engarrafamento, quando ouviu no rádio que agentes cubanos haviam sido presos pelo FBI nos EUA. O “faro” jornalístico, como acrescentou, motivou a busca pela história. Numa primeira tentativa de acesso aos dados e documentos, ouviu de autoridades cubanas que se tratava de “informação sensível”. Em 2005, participando de uma Bienal do Livro em Cuba, quando já estava com voo marcado de retorno ao Brasil, soube que o material havia sido liberado. “Naquele momento estava no meio da biografia de Paulo Coelho, e expliquei que não seria possível. Então pedi que guardassem o material. Eles foram fiéis e três anos depois procurei pela história. Em 2008 entreguei os originais da biografia e fui para lá. Durante quase dois anos tive de realizar quinze viagens, indo a Havana, Miami e Nova York”, explica. Contextualizando, o escritor mencionou a crise cubana com o fim da União Soviética. “O PIB desabou da noite para o dia, os acordos perderam a validade. Como salvação, o turismo possibilitando a chegada imediata de recursos. Com isso, o dinossauro sai do coma e a economia se restabelece. Porém, na Flórida reside um milhão de cubanos. Os exilados formam uma diáspora agressiva, formada por torturadores, proxenetas, também aqueles que tiveram indústrias expropriadas sem qualquer indenização, e até alguns que divergem de forma ‘consciente’. Eles decidiram que o turismo deveria ser atacado. E foram contratando mercenários para minar o ‘boom’ econômico, com ataques a aviões, casas de espetáculos, vans e hotéis”, ressaltou Morais.


RESISTÊNCIA – 14 agentes cubanos, integrando a “Rede Vespa”, foram infiltrados entre os grupos de exilados. Doze homens e duas mulheres, que não se conheciam nem sabiam sobre as missões. Entre eles, diplomata e oficiais militares. Para legitimar a chegada a Miami, protagonizavam deserções como o abandono de missão diplomática ou fuga em avião militar. Nos EUA eram ovacionados, e a imprensa dos exilados estampava que a revolução havia acabado. O aspecto dramático, disse Morais, é que nem as famílias dos agentes sabiam sobre o trabalho. Assim, familiares eram apontados na rua. Os filhos ouviam que o pai era traidor. O orçamento da Rede Vespa era de apenas duzentos mil dólares, portanto muito aquém do glamour de filmes como James Bond. Na Flórida, os agentes residiam em quitinetes e tinham de trabalhar. Como curiosidade, um ex-comandante de coluna com blindados na Guerra de Angola que, em Miami, ensinava salsa à comunidade gay. Outro comandante de jato da força aérea cubana, transformou-se em personal trainer de milionários, trabalhando nos bairros chiques. Um dos agentes, para reforçar a fachada, chegou a casar nos EUA.

OVO DA SERPENTE – Entre os trinta mil documentos e informações enviados pelos agentes cubanos, estavam as indicações sobre os mercenários com explosivos na tevê e calçados. Pouco tempo depois, numa operação da Swat durante a madrugada, houve a prisão de dez agentes. Escaparam três que não estavam em casa, e um que conseguiu voltar à ilha. Do grupo preso, cinco beneficiaram-se da “delação premiada”. Os outros cinco resistiram, sendo que quatro receberam prisão perpétua. Num caso, disse Morais, a condenação foi de duas prisões perpetuas e mais quinze anos. “Como não havia canal de contato entre Cuba e os EUA, Fidel contou com o Nobel de literatura Garcia Marquez. O escritor colombiano estava em Cuba, reunindo anotações para escrever artigo sobre a visita do Papa. Como posteriormente iria participar de evento em Princepton nos EUA, Fidel solicitou que entregasse dossiê ao então presidente Clinton. Ali constavam nomes, endereços e descrição dos terroristas que estavam financiando atentados. O último parágrafo, escrito por Fidel, chega a ser profético. Alertava que a desenvoltura de ação dos grupos, no momento ameaçava Cuba, mas no futuro poderia ser problema para os americanos. Isto aconteceu três anos antes dos atentados de 11 de setembro. E na Flórida é que estavam os terroristas da Al Qaeda. Ali aprenderam a lidar com explosivos e pilotar aviões. Consegui inserir no livro esse trecho de Fidel. Mas antes tive de pedir ajuda para Frei Betto, Ricardo Kotscho e até Hugo Chávez, pois não era simples o acesso ao dossiê”, mencionou. Morais acrescenta que os agentes cubanos receberam a solidariedade de afro-descendentes nas prisões americanas. Como Cuba havia lutado em Angola, contra o então Apartheid e inimigos patrocinados pela Cia., os afro-americanos – maioria nas prisões -, reconheceram o povo que apoiou negros na África. No livro também consta longa entrevista com ‘mercenário’ preso em Havana. Para o contato, Morais também recorreu ao apoio de nomes como Chávez. No relato do mercenário, a revelação de que não se dispôs ao risco, pelo valor de 1.500 dólares, tampouco convicção ideológica. A motivação é que havia assistido a filmes de Sylvester Stallone; daí procurou reproduzir a violência da ficção.

FBI – Para informações nos EUA, apoio de jornalista do New York Times. O jornalista americano havia feito reportagens sobre os grupos de exilados cubanos da Flórida. Como retaliação, casa havia sido metralhada, os freios do carro foram cortados – ocasionou acidente -, e recebeu telefonemas com ameaças. O FBI também colaborou com o autor brasileiro, porém as declarações ficaram em “off”.

CUBA – Morais ouve que é “fóssil”, que Cuba não deu certo, enfim, as críticas recorrentes. Ele reconhece que há “problemas, sendo necessário corrigir erros”, mas rebate citando frase de João Paulo II, que está quase apagada num outdoor perto do aeroporto José Martí em Havana: “Nessa noite duzentas milhões de crianças vão dormir na rua, nenhuma delas é cubana”. E o autor destaca o recente desempenho no Pan-Americano. Mesmo há décadas sofrendo pesado bloqueio econômico, o que acarreta inúmeras limitações, atletas cubanos ficaram atrás – ranking de medalhas – apenas dos EUA. Além disso, destaca a solidariedade dos 22 mil médicos cubanos que estão na Venezuela, residindo em favelas. Morais frisa que não há analfabetos e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), é comparável a países desenvolvidos. A exemplo, 4,5 óbitos a cada mil nascimentos. No Brasil é 22 a cada mil, nos EUA são oito. Conforme a UNESCO, da fronteira sul dos EUA até Pólo Sul, somente Cuba eliminou a desnutrição infantil. Recentemente Cuba permitiu a compra e venda de imóveis, limitando ao máximo de duas propriedades a cada cidadão.

Imprensa, livros, Internet e filmes

Fernando Morais respondeu várias questões do público. Em relação ao jornalismo: “A imprensa virou partido político. A exemplo, discrepâncias como tratar Médici – provavelmente o mais violento líder político da história brasileira -, como ex-presidente, enquanto Hugo Chávez é chamado de ditador. E Chávez, no entanto, tem sido reeleito nas urnas pela maioria do povo venezuelano. Mas lentamente, com o aumento de cursos universitários no País, tem aumentado o senso crítico da população. O que gosto de frisar em relação à imprensa, é que a honestidade é que costuma dar certo”. E comparou o Brasil com os EUA. Enquanto no Brasil, mesmo grupo pode ser proprietário de jornal impresso e veículos eletrônicos, nos EUA isto não é permitido. Outra comparação, refere-se à programação em “rede”. Para o jornalista, no Brasil as redes baseiam-se no “Morumbi way of life ou Ipanema of lyfe”, desconsiderando as peculiaridades do País. Já nos EUA, 80% da programação de uma rede deve ser regional. Como jornalista, Morais já realizou três entrevistas com Fidel Castro.

LIVROS – Há trinta anos, Morais vive de direito autoral. Dos dez livros publicados, seis estão comercializados para cinema. Sua meta é consolidar carreira internacional. Assim, livro “A Ilha” foi publicado em quatro países. “Olga” está em vinte países. Já “O Mago” chegou a 41 países. Nos planos, biografia de Antônio Carlos Magalhães (ACM). O autor disse que não tem pressa para publicar, pois durante nove anos realizou entrevistas com o líder baiano. Trata-se de material exclusivo. Com Lula, esta negociando a possibilidade de uma biografia. Outra possível publicação seria a biografia de Darcy Ribeiro. Durante dois anos, quando Morais foi secretário da Cultura de São Paulo, conviveu diretamente com o antropólogo. Darcy Ribeiro concebeu o Memorial da América Latina, posteriormente desenhado por Niemeyer. Na pauta também livro sobre o possível assassinato do ex-presidente João Goulart. Ex-agente da polícia uruguaia, preso em Charqueadas, garante que a morte foi ação da então Operação Condor.

INTERNET – “É a maior revolução da humanidade, e está apenas no começo. Hoje, qualquer um tendo computador e celular, pode virar Roberto Marinho. Divulga material e ainda vende espaço. Na Internet, a vantagem é a imagem em movimento. Como exemplo, a morte de Khadaffi. As imagens de um celular foram disputadas pelas grandes redes. O futuro do impresso será a opinião e grandes reportagens, elaboradas durante dois meses”, afirmou. Em Macaé no Rio de Janeiro, o sistema Wi-Fi é oferecido a toda cidade. Logo essa disponibilidade de acesso à Internet, estará em todo País.

CINEMA – Investidor paulista adquiriu direitos do livro “Os últimos soldados da Guerra Fria”. Ainda é prematuro mas há chance de Oliver Stone dirigir o filme. Como dica, Morais recomenda documentários de Michel Moore. “Não sou anti-americano, mas ele mostra que o capitalismo só é bom para quem tem dinheiro. É o que eles chamam de oportunidades”, conclui.


Falas na abertura

Lauro Borges (IMA), e João Alberto (BPP), manifestaram-se na abertura da “Conversa sobre livros” no sábado. Na sequência, jornalista Pablo Rodrigues ressaltou que a Feira do Livro deve oferecer espaço ao debate. E frisou o quanto a abordagem dos autores, é capaz de marcar o público. Professora Maria de Fátima Ribeiro, diretora da Campus da Unipampa em Jaguarão, abordou sobre a “Carta da Fronteira”, que visa aproximar culturalmente Brasil e Uruguai. Já o prof. Gilnei Oleiro (IF-Sul), lembrou da Feira do Livro de 2000, quando houve agenda de debates, reunindo autores. Também citou a enigmática “Estética do Frio” – teoria cuja validade talvez fique ameaçada nas temporadas primavera-verão.


* Carlos Cogoy é jornalista, editor de "Cultura" do jornal Diário da Manhã. Professor de Filosofia – Pelotas/RS.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

FÓRUM DE LUTAS SOCIAIS DE PELOTAS-RS

A luta continua!

No próxima quinta-feira (17) haverá uma nova reunião para a continuação
de movimentações e contruções para uma realidade mais democrática

No dia 1º de Novembro deste ano foi realizada no Instituto Mário Alves, uma reunião de diversos coletivos, movimentos, sindicatos e indivíduos com o objetivo de continuar construindo um fórum permanente onde permita-se congregar e organizar as diversas lutas e lutadores sociais existentes em nossa cidade.

A partir da rica experiência da construção coletiva do ato mundial dos indignados no dia 15 de Outubro (15-O), compreendemos ser necessário seguir dando passos firmes na unificação de nossas lutas, para que possamos golpear com mais força nossos grandes inimigos.

O movimento coletivo que continuamos a construir permanece e permanecerá aberto a novas idéias e adesões. Em comum, temos a indignação contra as mazelas sociais causadas pelo sistema econômico dominante no Planeta Terra e o objetivo de somar nossas forças em todos os momentos possíveis, tanto para organizar novas lutas sociais, quanto para apoiar as já existentes.

A crise econômica mundial que se mantém e se agrava a cada dia, gerou e continua gerando respostas dos povos, principalmente na África, na Europa e nos Estados Unidos da América. No Brasil, vivemos em estado de permanente crise social, compreendemos ser necessário dar respostas permanentes aos exploradores, portanto, chamamos à participação na continuidade da construção do Fórum de Lutas Sociais de Pelotas.

A próxima reunião do Fórum de Lutas Sociais de Pelotas será no dia 17 de Novembro de 2011 (quinta-feira), no Instituto Mário Alves (Rua Andrade Neves, esquina com Rua Uruguai), às 17h30. Nesta reunião, pretendemos seguir o debate e encaminhamentos sobre as lutas sociais existentes, bem como dar continuidade ao debate de construção de uma campanha “por outros 200 anos para Pelotas”.

Contamos com o a participação de todos e com o apoio para a socialização desta nota.

INSTITUTO MÁRIO ALVES/IMA - ANEL – ASUFPEL – CSP/CONLUTAS – COLETIVO JUNTOS – COLETIVO LEVANTE SATOLEP – COLETIVO TRANCA RUA – DCE UCPEL – DCE UFPEL – LEGIÃO ORGANIZADA – LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE – RÁDIOCOM – SINASEFE – SITRAMICO SINDICATO DA ALIMENTAÇÃO – SINDICATO DOS BANCÁRIOS - SINDICATO DOS METALÚRGICOS

Confira o video do 15-O em Pelotas:


sábado, 12 de novembro de 2011

Seja mais um colaborador do IMA!

Um colaborador do IMA é um incentivador da luta social
e contribui para o fortalecimento dos movimentos sociais e culturais



Car@s Companheir@s
O IMA completou, em maio deste ano, 10 anos de existência.

Neste período, muitas foram as atividades realizadas, como seminários, debates, palestras, mostras de filmes, apresentações artísticas e outras. Todas, sem exceção de nenhuma, tiveram como referência a construção de um projeto independente de formação política para os movimentos sociais de Pelotas e região. Além disto, construímos um importante acervo de filmes e livros nas áreas da política, economia, história, ciências sociais e cultura, abertos à comunidade e a seus associados.

E aí que...
No momento em que aprovamos projetos importantes que muito contribuirão para o conhecimento de importantes fatos de nossa história e estamos nos colocando o desafio de garantir um funcionamento mais profissional e organizado do Instituto, vimos solicitar sua contribuição para garantir a sustentabilidade desta proposta.

Um colaborador e fomentador do IMA têm acesso a todo acervo do Instituto em biblioteca e videoteca, além de ter descontos em inscrições de futuros seminários e eventos que o Instituto organizará. Mas o mais importante: Um colaborador do IMA contribui para o fortalecimento dos movimentos sociais e culturais.

Como se tornar colaborador?
Esta contribuição pode ser feita através da associação ao IMA ou da regularização das mensalidades porventura atrasadas. Para facilitar este processo, a contribuição mensal pode ser paga na Sede do Instituto (Andrade Neves, 821 ) ou, se você possui conta no Banco do Brasil ou no Banrisul, através de débito em conta. Neste caso, solicitamos que envie um email para imapelotas@yahoo.com.br que entraremos em contato e tomaremos as providências necessárias junto à instituição financeira indicada.

Contamos com sua colaboração!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

IMA participará da FLIA: Feira do Livro Independente e Autônoma de Pelotas

Além de um dos organizadores do evento, o IMA estará presente com sua livraria
no próximo dia 15


A FLIA é um evento que visa valorizar expressões artísticas e sociais de escritores, músicos, atores, artesões e pessoas criativas em geral, que trabalham de forma autônoma e independente. E não somente unir a diversidade que Pelotas possui na sua cena cultural, mas abrir espaço para organizações e instituições de cunho social, cultural e político que, em muitos casos, não possuem representação na Feira tradicional.

A valorização do universo literário que a FLIA possui em seu objetivo é também oferecer oficinas literárias, métodos de confecções de livros artesanais, debates com os escritores presentes, exposição para venda, troca, doação ou empréstimo de livros. E tudo isso enriquecido com apresentações musicais, teatrais e projeções.

A ideia surgiu na cidade de Buenos Aires, que agora já está na sua 17ª edição, e geralmente ocorre paralela a Feira do Livro de Buenos Aires. A FLIA vem crescendo e se estendendo por muitos países na América Latina, e feito redes entre pequenas editoras, facilitando o mundo das publicações literárias.

A primeira edição do evento em Pelotas ocorrerá durante todo o dia do feriado 15 de novembro, na Travessa nº 1 transversal à Rua Cnel. Alberto Rosa (como mostra a foto abaixo), no Quadrado.

Saiba mais sobre a FLIA-Pelotas AQUI.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

2ª edição da Exibição de Filmes do Ponto de Cultura do IMA encerra hoje com “A culpa é do Fidel”

Na busca de retratar a inserção dos jovens no Movimento Estudantil,
o Memórias em Movimento traz hoje uma produção francesa




É hoje, às 17h30 no Sindicato dos Bancários (Tiradentes, 3087), a última exibição da 2ª Mostra de Filmes do Ponto de Cultura Memórias em Movimento: Juventude, Cultura e Política. A entrada é franca. Participe!

Confira a sinopse do filme de hoje:

A culpa é do Fidel [La faute à Fidel]
Anna (Nina Kervel-Bey) tem nove anos e vive uma vida tranqüila e confortável com seus pais, Marie (Julie Depardieu) e Fernando (Stefano Accorsi), sua babá e seu irmão caçula, François (Benjamin Feuillet). Mas sua vida bem organizada irá se complicar com a prisão de um tio espanhol, que era comunista convicto, e uma visita ao Chile do recém-eleito Salvador Allende.

Sobre a diretora Julie Gavras
Julie Gavras é uma cineasta francesa, de orígem grega, filha do também cineasta Costa-Gavras. Após trabalhar como assistente de direção e dirigir alguns documentários, realizou em 2006 seu primeiro filme de ficção em longa-metragem, La faute à Fidel, lançado no Brasil em 2008 com o título A culpa é do Fidel.

Saiba mais sobre a Mostra de Filmes AQUI.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mostra de filmes segue hoje com produção do diretor Silvio Tendler

"O afeto que se encerra em nosso peito juvenil" é a produção escolhida
para o segundo dia de exibição

Segue hoje no Sindicato dos Bancários a 2ª Mostra de Filmes do Ponto de Cultura Memórias em Movimento, do Instituto Mário Alves.
Para dar seguimento aos filmes que retratam a inserção dos jovens no movimento estudantil, o filme de hoje resgata a história de militância. Uma das principais ações da iniciativa foi o registro de 100 depoimentos com os principais expoentes desse movimento.

A entrada é gratuita e a exibição começa às 17h30, no Sindicato dos Bancários (Tiradentes, 3087).

Sobre Silvio Tendler
Diretor Carioca, cineclubista, em 1970 saiu do Brasil para o Chile, e de lá foi para a França estudar cinema no Institut des Hautes Études Cinématographiques (IDHEC), em Paris. Fez cursos do cineasta Jean Rouch e foi assistente de direção de Chris Marker no filme La spirale (1973/75). Em 1976, já de volta ao Brasil, começou a reunir material para o documentário Os anos JK, uma trajetória política (1980), um de seus filmes mais importantes, prêmio de melhor montagem no Festival de Gramado e ganhador do troféu Margarida de Prata, da CNBB. Após este filme, dirigiu propaganda política para partidos de esquerda e foi chamado para dirigir programas para a TV Manchete. Em 1981 dirigiu O mundo mágico dos Trapalhões, um documentário em longa-metragem. Realizou em seguida Jango (1984), premiado nos festivais de Gramado e Havana. Em 1999 finalizou Castro Alves. Tendler leciona na cadeira de comunicação social da PUC-Rio. Em 2004 lançou o documentário de longa-metragem Glauber, o filme – Labirinto do Brasil e iniciou a preparação de mais quatro: Milton Santos ou O mundo global visto de cá, Utopia e barbárie – que estreou em 2010 – Verger por Verger e Ter 18 anos em 1968 – este último, um projeto em parceira com a editora Garamond e que envolve, além do filme, um livro. Além disso, tem planos de rodar um documentário sobre Tancredo Neves, cujo centenário de nascimento será comemorado em 2010.

Saiba mais sobre a 2ª Edição de Filmes AQUI.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Começa hoje a 2º Mostra de Filmes promovida pelo IMA/Ponto de Cultura Memórias em Movimento

Com apoio do DCE/UFPEL e Sindicato dos Bancários de Pelotas, a 2ª edição da mostra cinematográfica realizada pelo Memórias em Movimento acontecerá nos dias 7, 8 e 9/11, às 17:30, no auditório do Sindicato dos Bancários (Rua Tiradentes, 3087). A entrada é gratuita e os filmes escolhidos buscam retratar a inserção dos jovens no movimento estudantil.


Filmes: 07/11: "Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil" (Silvio Tendler)
08/11: "O afeto que se encerra em nosso peito juvenil" (Silvio Tendler)
09/11 "A culpa é do Fidel" (Julie Gavras)

Confira o filme que será exibido hoje:
OU FICAR A PÁTRIA LIVRE OU MORRER PELO BRASIL (Silvio Tendler)

Media metragem que resgata a memória do movimento estudantil, passando por diversos fatos marcantes da história brasileira, através de depoimentos de militantes e dirigentes de entidades representativas da classe, como Vladimir Palmeira, Rui César, Franklin Martins, e imagens de arquivo. O documentário conta esses 70 anos de história a partir de um ponto de vista focado na história política e faz um percurso cronológico sobre o período.

Pela Preservação do Acervo do TJRS

Frente ao risco eminente de uma perda histórica irreparável, o IMA pede o seu apoio

No dia 27 de outubro foi divulgado o estabelecimento de convênio entre o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e a empresa CORAG (gráfica do Estado do RS) para dar início a um processo de eliminação de documentos históricos do seu respectivo Acervo.

Serão analisados cerca de 10 milhões de processos e segundo o Tribunal um dos objetivos é "diminuir o custo de manutenção de imensas áreas de prateleiras e espaços que poderiam ter outras finalidades". É informado ainda que "o Tribunal está articulando junto à sociedade civil a participação de entidades interessadas em analisar preferencialmente os processos apontados para a eliminação" e "encontros com historiadores e entidades interessadas para que seja construída uma participação efetiva da sociedade".

Porém informações relativas a este processo parecem não estar sendo devidamente publicizadas. Frente aos inúmeros casos de perda de documentação histórica no nosso país, o Instituto Mário Alves manifesta sua forte preocupação com os destinos do acervo documental ainda a ser explorado pelos pesquisadores e sociedade em geral.

Segundo Parágrafo Único da Resolução n.º 777/2009-COMAG que dispõe sobre a guarda, eliminação de autos e tabela de temporalidade dos processos judiciais referente ao Judiciário do Rio Grande do Sul, "Todos os processos que contenham documentos históricos ou que por sua natureza e conteúdo fático interessem de qualquer forma à história e ao perfil psicossocial da época ou pela importância dos sujeitos parciais envolvidos passarão a integrar o Acervo Histórico do Judiciário".

Porém outra resolução publicada em 2011 (Resolução n.º 878/2011-COMAG) só garante a guarda total de documentos produzidos até 1950. De acordo com tal resolução disponível no sítio do TJRS, apresenta-se uma tabela de temporalidade – feita de acordo com critérios questionáveis sem incluir os historiadores – que condena à eliminação testamentos, inventários, mandatos de segurança, diversos documentos administrativos e fundiários, documentação referente a direito de família e previdenciário, atos infracionais. Conforme o divulgado, atuarão nesse processo de seleção do que será eliminado, estagiários em Direito e de Ensino Médio orientados pelos parâmetros da resolução.

Todos sabemos o quanto a documentação desta natureza foi importante para a renovação da historiografia brasileira. O que parece estar se desenhando é uma perda inenarrável para a história de nosso estado e nosso país, obstaculizando em muito a escrita da história social do Rio Grande do Sul da segunda metade do século XX.

Frente ao risco eminente de uma perda histórica irreparável, o IMA pede o seu apoio.

Você pode ajudar:

1. Assinando a petição pública que visa deter o processo exigindo a participação dos historiadores na discussão da preservação e documental AQUI;
Link
2. Mobilizando demais pessoas para produzir um documento coletivo (seja da instituição, seja do grupo) manifestando a inconformidade com as medidas do Tribunal de Justiça do RS:

secretariacgj@tj.rs.gov.br – Corregedoria do Tribunal de Justiça do RS
corag@corag.com.br – CORAG

ouvidoria@mp.rs.gov.br - MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL
(Ouvidoria)

3. Como estudante de História ou historiador, mas sem dúvida como cidadão comprometido, mandar um e-mail pessoal aos endereços acima citados manifestando-se contra as medidas. Você também pode mobilizar jornais e sítios de informação;

4. Colaborando e apoiando a divulgação de manifestações e ações que visam rediscutir a eliminação do acervo. Você pode sugerir alternativas para evitar tal descarte ou pelo menos assegurar a preservação das informações, como a digitalização integral do acervo;

O IMA está junto nessa luta e conta com a sua participação!

sábado, 5 de novembro de 2011

Fernando Morais palestra hoje em Pelotas

Com organização do IMA e da BPP, o autor do mais recente livro "Os últimos soldados da guerra fria" é o convidado para o "Conversa sobre Livros"



No início da década de 1990, Cuba criou a Rede Vespa, um grupo de doze homens e duas mulheres que se infiltrou nos Estados Unidos e cujo objetivo era espionar alguns dos 47 grupos anticastristas sediados na Flórida. O motivo dessa operação temerária era colher informações com o intuito de evitar ataques terroristas ao território cubano. De fato, algumas dessas organizações ditas “humanitárias” se dedicavam a atividades como jogar pragas nas lavouras cubanas, interferir nas transmissões da torre de controle do aeroporto de Havana e, quando Cuba se voltou para o turismo, depois do colapso da União Soviética, sequestrar aviões que transportavam turistas, executar atentados a bomba em seus melhores hotéis e até disparar rajadas de metralhadoras contra navios de passageiros em suas águas territoriais e contra turistas estrangeiros em suas praias.

Em cinco anos, foram 127 ataques terroristas, sem contar as invasões constantes do espaço aéreo cubano para lançar panfletos que, entre outras coisas, proclamavam: “A colheita de cana-de-açúcar está para começar. A safra deste ano deve ser destruída. [...] Povo cubano: exortamos cada um de vocês a destruir as moendas das usinas de açúcar”. Em trinta ocasiões, Havana formalizou protestos contra Washington pela invasão de seu espaço aéreo por aviões vindos dos Estados Unidos - sem nenhum efeito. Enquanto isso, em entrevistas, líderes anticastristas na Flórida diziam explicitamente: “A opinião pública internacional precisa saber que é mais seguro fazer turismo na Bósnia-Herzegovina do que em Cuba”.

Os últimos soldados da Guerra Fria narra a incrível aventura dos espiões cubanos em território americano e revela os tentáculos de uma rede terrorista com sede na Flórida e ramificações na América Central, e que conta com o apoio tácito nos Estados Unidos de membros do Poder Legislativo e com certa complacência do Executivo e do Judiciário. Ao escrever uma história cheia de peripécias dignas dos melhores romances de espionagem, Fernando Morais mostra mais uma vez como se faz jornalismo de primeira qualidade, com rigor investigativo, imparcialidade narrativa e sofisticados recursos literários.



Confira entrevista com Fernando Morais sobre o processo de pesquisa para Os últimos soldados da Guerra Fria

Qual foi seu primeiro contato com a história dos membros da Operação Vespa, os espiões cubanos em Miami?
Eu soube da história no dia das prisões dos dez agentes cubanos pelo FBI, em setembro de 1998. Ouvi a notícia no rádio de um táxi, no meio do trânsito, em São Paulo, e na hora pressenti que ali havia um livro embutido. Viajei a Cuba para tentar levantar o assunto, mas encontrei todas as portas fechadas. Para se ter uma ideia, Cuba só assumiu que eles de fato eram agentes de inteligência três anos depois, em 2001. O tema era tratado como segredo de Estado.

Como foi pesquisar em Cuba? Você teve pleno acesso a documentos oficiais? E do lado norte-americano?
Os cubanos só liberaram o assunto para mim no começo de 2008. A partir de então fiz cerca de vinte viagens a Havana, Miami e Nova York. O governo de Cuba liberou todo o material disponível e permitiu que eu entrevistasse quem quisesse, inclusive mercenários estrangeiros que haviam sido presos depois de colocar bombas em hotéis e restaurantes turísticos de Cuba e que tinham sido condenados à morte.

Nos Estados Unidos foi mais difícil. Como os agentes do FBI são proibidos de dar declarações públicas, só consegui entrevistas em off. Mas graças ao FOIA – Freedom of Information Act, a lei que regula a liberação de documentos secretos - e após pesquisas nos arquivos da Justiça Federal da Flórida, tive acesso a cerca de 30 mil documentos enviados pela Rede Vespa a Cuba e que haviam sido apreendidos pelo FBI nas casas dos agentes cubanos em Miami. E os serviços de inteligência cubanos me deram uma cópia do megadossiê sobre o terrorismo na Flórida que Fidel Castro entregou a Bill Clinton com a ajuda do escritor Gabriel García Márquez.

Quais personagens do livro você conseguiu entrevistar? Poderia falar um pouco deles?
Ao todo fiz quarenta entrevistas. Foram dezessete em Cuba, 22 nos Estados Unidos, e no México entrevistei a cantora brasileira De Kalafe, que havia sido vítima da intolerância de líderes anticastristas na Flórida. Entrevistei diretamente um dos presos, René González, via e-mail, e os demais por intermédio de seus familiares em Cuba. As mensagens (as minhas perguntas e as respostas deles) eram previamente censuradas pelas direções das prisões e limitadas a 13 mil caracteres por semana - se tivesse uma letra ou uma vírgula a mais, a mensagem se autodestruía.
Entrevistei, também pessoalmente, o agente que fugiu clandestinamente para Cuba antes das prisões, o piloto de caças-bombardeiros Juan Pablo Roque. Em Nova York entrevistei o jornalista Larry Rohter, do New York Times, que teve a casa metralhada e os freios de seu carro cortados depois que escreveu reportagens denunciando a ligação de lideranças anticastristas da Flórida com os atentados a bomba contra Cuba. E em Miami entrevistei líderes anticastristas diretamente envolvidos com os atentados contra Cuba, como o líder da organização Hermanos al Rescate, José Basulto.

As organizações de extrema direita descritas no livro continuam atuantes na Flórida?
Os tradicionais inimigos da Revolução Cubana, os autodenominados anticastristas verticales, estão morrendo ou já estão muito velhinhos. Quando eu terminava o texto final do livro, por exemplo, morreu Orlando Bosch, que era considerado o inimigo número 1 de Fidel Castro. Ainda é possível ver em Miami manifestações de rua contra a Revolução, mas as novas gerações parecem mais interessadas em ouvir salsa do que em colocar bombas.

* Companhia das Letras*

FERNANDO MORAIS estará na Bibliotheca Pública Pelotense hoje (5) a partir das 18h. Saiba mais AQUI.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

IMA organiza Conversa sobre Livros com o autor Fernando Morais

Em parceria do IMA com a Bibliotheca Pública Pelotense, o autor é o convidado do próximo sábado para o debate



Autor de biografias e de obras do estilo livro-reportagem – A Ilha , Olga e Chatô, o Rei do Brasil, entre outras – que já venderam mais de dois milhões de exemplares , Fernando Morais é o convidado especial da edição do próximo dia cinco de novembro do CONVERSA SOBRE LIVROS.

No salão nobre da BPP, a partir das 18 horas, o autor participa de mesa redonda, conversa com o público e apresenta o recém lançado OS ÚLTIMOS SOLDADOS DA GUERRA FRIA ( Cia da Letras, 2011) , obra centrada na história dos agentes infiltrados por Cuba , na década de 90 , em organizações de extrema direita nos Estados Unidos. Entrada franca, como em todos eventos da Bibliotheca. A presença do autor no Conversa sobre Livros resulta de uma parceria da BPP com o IMA ( Instituto Mário Alves), com a colaboração dos parceiros institucionais IF-SUL , Unipampa e Sesc-RS.