quinta-feira, 5 de junho de 2014

IMA seleciona Voluntários

O Instituto Mário Alves, órgão da sociedade civil, sem fins lucrativos, desenvolve, desde 2011, o Ponto de Cultura Memórias em Movimento: Juventude, Cultura e Política, em convênio com a Universidade Federal de Rio Grande - FURG, e o Ministério da Cultura - MinC. O projeto está em processo de finalização, onde está prevista a realização de entrevistas com personagens históricos que fizeram parte do movimento estudantil gaúcho durante o período de redemocratização do Estado brasileiro, entre 1977 e 1985.

Para isso, estamos selecionando estudantes dos cursos de Jornalismo, Cinema, História, Geografia, Antropologia e Ciências Sociais interessados em contribuir, de forma voluntária, com a realização dessas entrevistas, criando, assim, uma equipe que execute tal força tarefa. Serão emitidos certificados de participação, correspondentes às horas de atuação junto ao projeto.

Interessados(as) entrar em contato através do email imapelotas@yahoo.com.br, ou pessoalmente no endereço da sede (Rua Andrade Neves, 821).

Maiores informações através do site: ima.org.br, do blog: imapelotas.blogspot.com, ou pelo telefone (53) 3025-7241.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

CINE IMA - Sessão do dia 24 de abril de 2014 - 17h.

Cabra Marcado para Morrer (Brasil, 1984) 
DIREÇÃO: Eduardo Coutinho
ELENCO: Elisabeth Teixeira e família, João Virgínio da Silva e os habitantes de Galiléia (Pernambuco). Narração de Ferreira Gullar, Tite Lemos e Eduardo Coutinho. 120 min., Globo Vídeo.

RESUMO

Em fevereiro de 1964 inicia-se a produção de Cabra Marcado Para Morrer, que contaria a história política do líder da liga camponesa de Sapé (Paraíba), João Pedro Teixeira, assassinado em 1962. No entanto, com o golpe de 31 de março, as forças militares cercam a locação no engenho da Galiléia e interrompem as filmagens.
Dezessete anos depois, o diretor Eduardo Coutinho volta à região e reencontra a viúva de João Pedro, Elisabeth Teixeira -- que até então vivia na clandestinidade -- e muitos dos outros camponeses que haviam atuado no filme antes brutalmente interrompido.

CONTEXTO HISTÓRICO

As Ligas Camponesas vinham sendo criadas desde meados dos anos 50 com o objetivo de conscientizar e mobilizar o trabalhador rural na defesa da reforma agrária. Durante o governo de João Goulart (1961-64), o número dessas associações cresceu muito e, junto com elas, também se multiplicavam os sindicatos rurais. Os camponeses, organizados nessas ligas ou em sindicatos ganharam mais força política para exigir melhores condições de vida e de trabalho.
A renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961, após apenas sete meses de governo, abriu uma grave crise política, já que seu vice, João Goulart, não era aceito pela UDN e pelos militares, que o acusavam de promover agitação social e de ser simpático ao comunismo. Assim como esses setores eram contrários à posse de Jango, existiam outros que defendiam o cumprimento da Constituição, como o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola.
O impasse foi resolvido com a adoção do regime parlamentarista de governo, aprovado pelo Congresso. Com esse regime, Jango era apenas chefe de Estado, sendo que o poder efetivo de decisão estava nas mãos de um primeiro-ministro escolhido pelos deputados e senadores.
Diante da crise econômica, o regime parlamentarista imposto pelos conservadores, se mostrava ineficiente, com a sucessão de vários primeiros-ministros, sem que a crise fosse atenuada. Esse cenário fortalecerá o restabelecimento do presidencialismo, conquistado através de um plebiscito em 6 de janeiro de 1963. Reassumindo a plenitude de seus poderes, Jango lançou as reformas de base apoiadas por grupos nacionalistas e de esquerda.. Elas incluíam a reforma agrária, a reforma do sistema bancário, a reforma tributária e a reforma eleitoral.
Muitos comícios foram organizados em apoio às reformas, destacando-se um comício-gigante realizado na Central do Brasil do Rio de Janeiro em 13 de março. A mobilização popular nos comícios assustava as elites que, articuladas com as forças armadas e apoiadas pelos setores mais conservadores da Igreja, desferiram um golpe de Estado em 31 de março de 1964.
No dia seguinte, o controle dos militares sobre o país era total e, no dia 4, Goulart se auto-exilou no Uruguai, sem impor qualquer resistência aos golpistas, temendo talvez o início de uma guerra civil no país.
Iniciava-se assim um dos períodos mais obscuros da história do Brasil, com 21 anos de ditadura militar que promoveu uma violenta onda de repressão sobre os movimentos de oposição, além de ter gerado uma maior concentração de renda, agravando a questão social, produzindo mais fome e miséria. Os "anos de chumbo" da ditadura ocorreram após o AI5 (Ato Institucional número 5), no final do governo Costa e Silva (1968), estendendo-se por todo governo Médici (1969-1974).


O Instituto Mário Alves fica na Rua Andrade Neves, 821. A entrada é franca!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

CINE IMA: III Cilclo - Há 50 anos atrás: que não se esqueça e nem se repita!

 Novo Ciclo do CINE IMA começa dia 17 de abril!

III Ciclo

Há 50 anos atrás: que não se esqueça e nem se repita!

17/04/2014 - O Dia que Durou 21 anos (Brasil - 78 min - 2013) Direção: Camilo Galli Tavares.

24/04/2014 - Cabra Marcado para Morrer (Brasil - 120 min - 1985) Direção: Eduardo Coutinho.

08/05/2014 - Manhã Cinzenta (Brasil - 23 min - 1969) Direção: Olney São Paulo. Brazil: A Report of Torture (EUA - 60 min - 1971) Direção: Saul Landau e Haskell Wexler

15/05/2014 - Paula: a história de uma subversiva (Brasil - 96 min - 1979) Direção: Francisco Ramalho Jr.

22/05/2014 - Memória para uso Diário (Brasil - 81 min - 2007) Direção: Beth Formaggini.


terça-feira, 1 de abril de 2014

Abertura da Exposição "O movimento estudantil e a resistência à ditadura civil-militar" - Dia 1º de abril/2014

Abertura da exposição com roda de debates:
"O movimento estudantil e a resistência à ditadura civil-militar"

Participação de Renato Della Vechia, Julio Cesar Spanó, Marilia Hofstätter Pohndorf e membros do Comitê Pelotas Região discutindo diferentes aspectos do golpe e repressão!

Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça!


quinta-feira, 27 de março de 2014

LEAD da UCPel promove Ciclo de Palestras

O Laboratório de Estudos em Análise do Discurso (LEAD) da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) promove a primeira atividade do Ciclo de Palestras em 2014. O evento, que está na sua segunda edição, procura reunir acadêmicos, professores e demais interessados nas temáticas de abrangência dos pesquisadores da área. Ao todo já foram realizadas sete palestras cujo objetivo principal é articular os estudos da Análise de Discurso de filiação pêcheuxtiana com outras áreas do conhecimento.
A palestra marcada para a quinta-feira (3), às 18h30min, no Auditório do Campus II da UCPel — rua Almirante Barroso, 1202 —, procura suscitar a reflexão sobre a concepção materialista da história. Com o título “Marx: idealismo e materialismo”, o palestrante convidado, professor Renato Della Vechia, colocará em discussão questões de cunho social, econômico, político e filosófico.
Buscando proporcionar o diálogo e a interação entre o palestrante e o público presente, está sendo disponibilizado um texto introdutório ao tema. Para ter acesso ao artigo, os interessados podem acessar o endereço eletrônico: www.vermelho.org.br/html/biblioteca/docs/critica.doc ou se dirigir até o Campus I da UCPel e solicitar uma versão do texto diretamente na Cópias Santa Cruz. Quem optar pela versão impressa deve pedir para fazer uma cópia do texto “Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política” , que está disponível para xerox na pasta “Ciclo de Palestras do LEAD”.


sexta-feira, 7 de março de 2014

“50 ANOS DO GOLPE DE 1964, 50 ANOS DE IMPUNIDADE”

“50 ANOS DO GOLPE DE 1964, 50 ANOS DE IMPUNIDADE”

Ato-Homenagem:
 
“SOBREVIVENTES: a dignidade da resistência contra a ditadura e da luta contra a impunidade na democracia”

DATA: 31 de março 2014
LOCAL: Salão de Atos da UFRGS
Horário: 18:45

Participantes já confirmados: JOÃO CARLOS BONA GARCIA – NILCE AZEVEDO CARDOSO – LILIÁN CELIBERTI – SUZANA KENIGER LISBÔA - SÔNIA HAAS 

A presente atividade está relacionada com outras que ocorrerão em todo o país, de resgate da memória e da história dos acontecimentos que levaram ao Golpe de Estado que interrompeu um governo constitucional e impôs uma ditadura que durou 21 anos.

Em nome da reafirmação da Democracia, da liberdade no seu sentido mais amplo, do pensamento crítico e da autonomia da produção do conhecimento científico, homenageamos um conjunto de cidadãos reconhecidos por suas trajetórias de luta e denúncia contra toda forma de arbítrio promovida pela Ditadura de Segurança Nacional e suas seqüelas persistentes. Através deles homenageamos milhares de cidadãos que, de uma forma ou outra, procuraram enfrentar realidade tão adversa, bem como o vasto universo social das vítimas diretas e indiretas.