Nos dias 13, 14 e 15 de abril, realizou-se em Pelotas o “Seminário Memórias em Movimento: Juventude, Cultura e Política”, que marcou o lançamento para a comunidade do projeto que nós, como Instituto Mário Alves, desenvolveremos nos próximos dois anos, como instituição da rede de Pontos de Cultura do MINC, em parceria com a FURG.
Tal projeto, intitulado “Memórias do Movimento Estudantil Gaúcho no Período da Redemocratização – 1977/1985: Juventude, Cultura e Política” irá reconstruir, através de pesquisa em documentos da época e de entrevistas com militantes e dirigentes do ME no RS, a história daquele período, que marcou a rearticulação do movimento após a brutal repressão que sofreram as entidades estudantis nos primeiros anos da ditadura militar. Estas mobilizações, aliadas às greves iniciadas no ABC paulista e aos movimentos populares que exigiam melhores condições de vida, contribuíram fortemente para as grandes mobilizações populares que agitaram o país entre o final dos anos 70 e início dos anos 80 e que culminou com o fim dos governos militares, em 1985.
Desta forma, o Seminário foi pensado como um momento de reflexão inicial para aqueles que estão mais diretamente ligados ao projeto e para todos os interessados neste debate, além de marcar o primeiro momento de diálogo com a comunidade, que é uma das propostas estruturantes do projeto, prevendo ao longo de sua duração, a realização de oficinas, mostras culturais e debates em locais públicos de Pelotas e de outros municípios da região.
Durante o Seminário realizamos seis mesas de debates que contaram com a participação de 17 painelistas, além de uma mostra de trabalhos acadêmicos e de relatos de experiência sobre o tema e, na noite de encerramento, uma apresentação musical do cantador Pedro Munhoz e a exibição do documentário Cio da Terra, apresentado pela primeira vez na região Sul do Estado e que reconstitui os passos do festival realizado pela UEE em 1982, em Caxias do Sul.
O Seminário, realizado no auditório do Colégio São José, contou com a presença de mais de cem pessoas, sendo que tivemos a participação de militantes do ME de outras cidades, como Rio Grande, Porto Alegre e Santa Cruz do Sul.
Em relação aos temas discutidos entre os painelistas e o público presente, podemos destacar a historia de lutas da juventude brasileira, que participou de momentos vitais da história do país, como a campanha “O Petróleo é Nosso” e a Campanha da Legalidade; a trajetória da UNE; as diferentes concepções táticas e estratégicas das diversas correntes estudantis que atuavam no período; a importância da cultura para a disputa de um projeto democrático de sociedade e as lutas que marcaram a reconstrução do ME no RS e no Brasil, além de diversas outras questões.
Assim, o Seminário alcançou seus objetivos principais, ao levantar uma série de elementos que irão contribuir para a construção do projeto durante sua execução e também ao permitir a troca de experiências entre militantes daquele período e aqueles que hoje colocam-se a tarefa de construir um movimento coletivo em uma sociedade que cada vez mais apela para o individualismo.
O desafio está lançado, muita história há para ser contada e registrada sobre um rico período de lutas e conquistas do povo brasileiro. Boa sorte para todos nós!
(Coletivo do Instituto Mário Alves)
Tal projeto, intitulado “Memórias do Movimento Estudantil Gaúcho no Período da Redemocratização – 1977/1985: Juventude, Cultura e Política” irá reconstruir, através de pesquisa em documentos da época e de entrevistas com militantes e dirigentes do ME no RS, a história daquele período, que marcou a rearticulação do movimento após a brutal repressão que sofreram as entidades estudantis nos primeiros anos da ditadura militar. Estas mobilizações, aliadas às greves iniciadas no ABC paulista e aos movimentos populares que exigiam melhores condições de vida, contribuíram fortemente para as grandes mobilizações populares que agitaram o país entre o final dos anos 70 e início dos anos 80 e que culminou com o fim dos governos militares, em 1985.
Desta forma, o Seminário foi pensado como um momento de reflexão inicial para aqueles que estão mais diretamente ligados ao projeto e para todos os interessados neste debate, além de marcar o primeiro momento de diálogo com a comunidade, que é uma das propostas estruturantes do projeto, prevendo ao longo de sua duração, a realização de oficinas, mostras culturais e debates em locais públicos de Pelotas e de outros municípios da região.
Durante o Seminário realizamos seis mesas de debates que contaram com a participação de 17 painelistas, além de uma mostra de trabalhos acadêmicos e de relatos de experiência sobre o tema e, na noite de encerramento, uma apresentação musical do cantador Pedro Munhoz e a exibição do documentário Cio da Terra, apresentado pela primeira vez na região Sul do Estado e que reconstitui os passos do festival realizado pela UEE em 1982, em Caxias do Sul.
O Seminário, realizado no auditório do Colégio São José, contou com a presença de mais de cem pessoas, sendo que tivemos a participação de militantes do ME de outras cidades, como Rio Grande, Porto Alegre e Santa Cruz do Sul.
Em relação aos temas discutidos entre os painelistas e o público presente, podemos destacar a historia de lutas da juventude brasileira, que participou de momentos vitais da história do país, como a campanha “O Petróleo é Nosso” e a Campanha da Legalidade; a trajetória da UNE; as diferentes concepções táticas e estratégicas das diversas correntes estudantis que atuavam no período; a importância da cultura para a disputa de um projeto democrático de sociedade e as lutas que marcaram a reconstrução do ME no RS e no Brasil, além de diversas outras questões.
Assim, o Seminário alcançou seus objetivos principais, ao levantar uma série de elementos que irão contribuir para a construção do projeto durante sua execução e também ao permitir a troca de experiências entre militantes daquele período e aqueles que hoje colocam-se a tarefa de construir um movimento coletivo em uma sociedade que cada vez mais apela para o individualismo.
O desafio está lançado, muita história há para ser contada e registrada sobre um rico período de lutas e conquistas do povo brasileiro. Boa sorte para todos nós!
(Coletivo do Instituto Mário Alves)
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