O IMA é uma das instituições que está a frente desta organização que busca mostrar, discutir e pensar uma Pelotas mais real
Uma cidade prisioneira
A elite conservadora tinha medo da ausência do silêncio dos excluídos
O historiador Cauiá explanou o cosmopolismo popular que a cidade acarreta em sua história. Uma cidade marcada por fortes enforcamentos e prisões, mas com grande movimentação social, obtendo um protagonismo popular mesmo abaixo de repressões e dura escravidão. De acordo com o historiador, grupos pequenos tiveram uma conjunção de organização que assustou a elite política. Militarismo e ausência de paz fizeram parte de uma história sangrenta da cidade: Um passado vergonhoso de enforcamento e chibata.
O debate chamou a atenção para a importância de se ter uma história contada de forma mais real, diferente da maneira como é explanada pela elite: “Nossa historia é contada por senhores de escravos que desconheceram o real significado e olhar dos excluidos,” declarou.
Pelotas precisa enegrecer sua essência que já é negra
A professora de Sociologia Carla Ávila, militante do Movimento Negro falou sobre um olhar resistente à escravidão que pode ser encontrado em grupos organizados na cultura. Neste caso, um exemplo seria o Grupo de Dança Afro Odara. O hip hop e outras manifestações artisticas ainda permanecem com fortes criticas e resistências sociais, segundo a pesquisadora. As religiões de matriz africana também são um ponto importante de organização politica e retomam a uma ancestralidade africana, muito presente em Pelotas. E que deve permanecer viva e necessariamente valorizada.
A luta pela terra continua
O agricultor assentado Telmo Moreira já participou do MST até o ano passado e atualmente é morador do Assentamento Conquista da Liberdade em Piratini. Ele relatou o passado de povoamento das terras na região de sul, com grande mão-de-obra barata. Para Telmo, o governo nacional possui um desvio ideológico na discussão e nas melhorias dos assuntos relacionados à reforma agrária.
As programações seguem
O Fórum De Lutas Sociais convida a todos a se somarem nestas atividades para a construção de debates e encaminhamentos que só serão possíveis com a movimentação popular. A próxima mesa conta com o tema Formação da Classe Operária em Pelotas e o Movimento Sindical com a participação do Presidente do Sindicato da Alimentação Lair de Mattos e da prof. de História Beatriz Loner.
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