sexta-feira, 29 de junho de 2012

200 Anos Para Quem? Um passado escravo que ainda querem enforcar


Mesa de abertura contou com historiador, socióloga e assentado. 
Foto: Maria Bonita Comunicação


O IMA é uma das instituições que está a frente desta organização que busca mostrar, discutir e pensar uma Pelotas mais real
Na noite da última quinta (26), aconteceu o primeiro debate da programação  “Pelotas: 200 Anos para quem?”. Trazendo à tona o tema da Formação da Cidade de Pelotas: Escravidão e Concentração Fundiária, a noite teve  a paticipação do historiador Caiuá Al-Alam, da professora de Sociologia Carla Ávila e do agricultor assentado Telmo Moreira. O encontro teve uma grande participação popular.


Uma cidade prisioneira

A elite conservadora tinha medo da ausência do silêncio dos excluídos 

O historiador Cauiá explanou o cosmopolismo popular que a cidade acarreta em sua história. Uma cidade marcada por fortes enforcamentos e prisões, mas com grande movimentação social, obtendo um protagonismo popular mesmo abaixo de repressões e dura  escravidão. De acordo com o historiador, grupos pequenos tiveram uma conjunção de organização que assustou a elite política. Militarismo e ausência de paz fizeram parte de uma história sangrenta da cidade: Um passado vergonhoso de enforcamento e chibata.

O debate chamou a atenção para a importância de se ter uma história contada de forma mais real, diferente da maneira como é explanada pela elite: “Nossa historia é contada por senhores de escravos que desconheceram o real significado e olhar dos excluidos,” declarou.

Pelotas precisa enegrecer sua essência que já é negra

A professora de Sociologia Carla Ávila, militante do Movimento Negro falou sobre um olhar resistente à escravidão que pode ser encontrado em grupos organizados na cultura. Neste caso, um exemplo seria o Grupo de Dança Afro Odara. O hip hop e outras manifestações artisticas ainda permanecem com fortes criticas e resistências sociais, segundo a pesquisadora. As religiões de matriz africana também são um ponto importante de organização politica e retomam a uma ancestralidade africana, muito presente em Pelotas. E que deve permanecer viva e necessariamente valorizada.
A luta pela terra continua

O agricultor assentado Telmo Moreira já participou do MST até o ano passado e atualmente é morador do Assentamento Conquista da Liberdade em Piratini. Ele relatou o passado de povoamento das terras na região de sul, com grande mão-de-obra barata. Para Telmo, o governo nacional possui um desvio ideológico na discussão e nas melhorias dos assuntos relacionados à reforma agrária.


As programações seguem

O Fórum De Lutas Sociais convida a todos a se somarem nestas atividades para a construção de debates e encaminhamentos que só serão possíveis com a movimentação popular. A próxima mesa conta com o tema Formação da Classe Operária em Pelotas e o Movimento Sindical com a participação do Presidente do Sindicato da Alimentação Lair de Mattos e da prof. de História Beatriz Loner.

ACOMPANHE A PROGRAMAÇÃO COMPLETA AQUI.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Pelotas 200 Anos Para Quem?

O Instituto Mário Alves é uma das instituições que está a frente desta organização que busca mostrar, discutir e pensar uma Pelotas mais real.



A primeira atividade ocorrerá hoje (terça - 26), às 19h, na Câmara Municipal Vereadores. O IMA foi um dos grandes defensores e principal articulador desta programação (seminário) dentro do comitê  e conta com a participação de todos neste importante momento.

As "comemorações" dos outros 200 anos proposta pelo Fórum contempla, ainda, a realização de assembléias populares e outras atividades (reuniões) descentralizadas, além de mostras artísticas e um Seminário. 

Confira a programação completa:




segunda-feira, 18 de junho de 2012

Casa Cheia para receber Battisti em Pelotas








O ativista e escritor italiano Battisti falou a um grande público que esteve presente na Câmara Municipal na última quinta (14)

Battisti palestrou e autografou seu livro "Ao pé do muro" e falou sobre suas experiências na militância, as prisões, o Brasil sendo contado por presos, a ausência de debate na Itália, a representação apelativa midiática construindo ou desconstruindo representações e tantas outras histórias.

O IMA agradece a participação de todos que se fizeram presentes em um encontro que motivou o debate e a reflexão e acima de tudo, abriu espaço para temas e vozes que, claramente, estão de fora das pautas políticas e socias.

Os colares e as contas: Poemas Políticos de Marcelo Mário de Melo

Colaboração do Jornalista Aleksander Aguilar



 MARCELO MÁRIO DE MELO define-se como “plebeu, republicano, democrata popular, cidadão de esquerda, socialista, pluralista e seguidor do Detran – sempre à esquerda, não ultrapasse pela direita”.

Marcelo dedica o seu livro aos que lutam pela abertura dos arquivos da ditadura e pela afirmação da verdade histórica; aos se mobilizam contra a fome, o raquitismo político e a subnutrição cultural; aos jovens que se rebelam contra os desníveis de renda e de mando; aos que se mantém socialistas e de esquerda depois dos 60 anos; aos proletários de todo o mundo.

Nominalmente são destacados na dedicatória: Jacob Gorender, Dom Tomaz Balduíno, o Monge Marcelo Barros e Bruno Maranhão, militante do PT e do Movimento de Libertação dos Trabalhadores Sem Terra – MLST.

sábado, 16 de junho de 2012

Fuga acabou, mas personagem ainda vive

O Instituto Mário Alves agradece a participação de todos que apoiaram e se fizeram presentes no debate que foi realizado no último dia 14.

Matéria escrita pelo Jornalista Colaborador do IMA, Carlos Cogoy, no Jornal Diário da Manhã.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Alma estilhaçada num latifúndio de bambus

Matéria escrita por Carlos Cogoy, para o Jornal Diário da Manhã.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Ao pé do Muro: Cesare Battisti debate em Pelotas




Ex-guerrilheiro italiano, condenado à prisão perpétua pela Justiça de Milão, ativo na Itália no fim dos anos 70 – os chamados anos de chumbo – período marcado pela violência política; vivências na França e no Brasil, liberdades e permanencias. Estas são apenas partes da história de Cesare Battisti, convidado do Instituto Mário Alves para estar presente em Pelotas no próximo dia 14/06.

A atividade contará com o lançamento do seu mais recente livro "Ao pé do Muro" que conta a história de Augusto, foragido internacional que vem para o Brasil em busca de proteção. As belezas e tristezas de um país tão intenso e colorido, emotivo e sofrido, são filtradas pelo olhar do protagonista, que observa o novo mundo tanto do lado de dentro quanto de fora dos muros da prisão. 

O debate também contará com a presença do Jornalista Edu Jacques, que em sua pesquisa acadêmica analisou o discurso proferido pelo jornal 'La Repubblica' sobre o episódio que foi o ápice da crise entre os dois países, a concessão de refúgio ao Battisti pelo então ministro da justiça Tarso Genro.

14 de Junho, às 19h, na Câmara Municipal de Pelotas.

Mais informações no video abaixo, com a participação do sociólogo Lauro Borges, um dos representantes do IMA e Coordenador do Ponto de Cultura Memórias em Movimento: