quinta-feira, 26 de abril de 2012

"A Construção da Memória Política" é lançado na Pós-Graduação em Ciência Política da UFPel




Amanhã (27) tem lançamento do texto "A Construção da Memória Política", organizado pela professora de Ciência Política da UFPel, Naiara Dal Molin e pelo doutorando em Ciência Política da UFRGS, Elias Vieira.
A abordagem passa pela retomada das discussões em torno da memória e identidade política dos movimentos sociais, das lutas sindicais, das mulheres e outros segmentos políticos.
A livraria do Instituto Mário Alves tem o livro para venda.



O lançamento também conta com a obra   “Democracia e Processos Políticos, organizado pelo professor Daniel de Mendonça.

A atividade será realizada amanhã,  dia 27 de abril, às 17h, no Instituto de Filosofia, Sociologia e Política, na rua Alberto Rosa, 154, segundo andar, Pelotas.

terça-feira, 24 de abril de 2012

A Atualidade de Chico Mendes: Pelotas recebe Osmarino Amâncio

Organizado pelo Coletivo Barricadas, o debate será em torno da  ATUALIDADE DE CHICO MENDES: Meio ambiente, questão agrária e sindical no Brasil atual



Debatedor: Osmarino Amâncio, contemporâneo de Chico Mendes, militante e seringueiro em Brasiléia (Acre).

Quando? 24 de abril, terça-feira, 19h

Local: Auditório da Faculdade de Educação (3º andar do ICH/UFPEL)
Mais sobre a atividade agrária e sindical de Osmarino no blog

Saiba quem é Osmario Amâncio:

Osmarino Amâncio é militante da causa ambiental desde os anos 1970. Junto com Chico Mendes e Wilson Pinheiro confrontou-se com os “empates”, no meio da selva amazônica, que visavam à derrubada da mata e a expulsão dos moradores da floresta em nome do desenvolvimento dos grandes negócios madeireiros.Osmarino já foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia (Acre, fronteira com a Bolívia), sofreu três atentados à vida, teve sua casa incendiada cinco vezes, mas continua resistindo. Também ajudou a elaborar a política das reservas extrativistas, combatendo, hoje, pela manutenção do projeto originário, que dá aos habitantes do direito de uso-fruto dos lotes, em convivência harmônica com a natureza. Além disso, protagoniza a resistências às investidas do capital sobre a floresta e, mais do que a defesa da floresta de forma preservacionista, organiza a luta em defesa dos direitos dos povos que nela e dela vivem: contra a exploração da madeira e o avanço do agronegócio sob o abrigo do novo código florestal brasileiro.

Osmarino tem sido o porta-voz desta luta nos mais diferentes espaços, desde movimentos sociais até congressos acadêmicos. Novamente, busca organizar a resistência pela via da disputa sindical dentro do STR (Sindicato dos Trabalhadores Rurais) de Brasiléia, mesmo sob forte investida dos representantes do governo acreano e do capital, que compram seus possíveis apoiadores – literalmente compram! Sua vinda ao RS está ancorada na tentativa de dar a conhecer as atuais condições de existência política no Acre para além daquelas fronteiras, buscando um apoio articulado nacionalmente como principal forma de defesa dos interesses dos povos que vivem do extrativismo amazônico.

A questão sindical e a luta pela reforma agrária no Brasil: da Amazônia ao Rio Grande do Sul. Neste debate, o companheiro apontará as principais questões que estão envolvidas na disputa sindical no Acre hoje e a importância da organização e disputa do STR de Brasiléia para a defesa dos trabalhadores que vivem da floresta, apontando as políticas que o governo, em nível estadual e federal, têm promovido para a desarticulação dos trabalhadores daquela região.

sábado, 14 de abril de 2012

Manifestação em Bagé relembra tortura na ditadura e contesta livro sobre Médici


O IMA levou um grupo de pessoas ao ato público que aconteceu no lançamento do livro sobre ditador, escrito por coronéis


Do lado de dentro de um clube, militares e simpatizantes do governo Médici participavam do lançamento do livro sobre o período. Do lado de fora, manifestantes lembravam da tortura que a ditatura militar causou

“Bagé pede desculpas ao Brasil” dizia em um dos cartazes. Os manifestantes estavam na própria terra de Emílio Garrastazu Médici, militar que governou o País de 69 a 74, tendo um dos governos mais sangrentos da história da política. Há pouquíssimos metros de distância dos manifestantes e ao mesmo tempo, acontecia o lançamento do livro “Médici: A verdadeira história” – escrito pelos coronéis Claudio Heráclito Souto e Amadeu Deiro Gonzale, em Bagé. Em frente ao local onde o livro estava sendo lançado, o grupo de militantes gritou por justiça em memória dos torturados, desaparecidos e mortos pela ditadura militar. A manifestação aconteceu na última quarta-feira (11).

Na busca de chamar a atenção da comunidade em geral e do público que, saudosamente, assistia ao lançamento do livro, o grupo lembrou alguns dos tantos nomes de militantes que sofreram na ‘era Médici’: “Precisamos romper o silêncio que paira sobre esta cidade. Bagé não tem orgulho dos tempos do Médici, o governo mais nebuloso da história do Brasil”, disse um dos organizadores.

Contra a visão da história apresentada pelos militares aposentados também lembraram da importância da abertura dos arquivos da ditadura e pelo julgamento dos torturadores no Brasil.